Breve História do Sapato
Era para ser o primeiro post, mas deixei por último rss
Para Jacobbi, a paixão pelo sapato tem uma história desconcertante. A humanidade ficou pouco de pés descalços. (2004, p.13).
Em 10.000 a.C. estudos mostram que há pinturas paleolíticas em cavernas da França e Espanha indicando a existência de calçados, mas há diversos pesquisadores que afirmam que os sapatos foram inventados na Mesopotâmia, há mais de 3.200 anos.
Os calçados eram tidos como diferenciador de classe social, por exemplo no Egito Antigo, entre 3.100 a.C. e 32 a.C., apenas os nobres usavam sandálias de couro, os faraós usavam calçados adornados com ouro. Já os gregos mostraram vanguarda não só na filosofia, na ciência e na política, mas também na moda: chegaram a usar um modelo diferente em cada pé.
Durante o Império Romano os senadores utilizavam sapatos em cor marrom, em modelos que amarravam na panturrilha por quatro tiras de dois nós. Os calçados das legiões eram as botas de cano curto.As mulheres calçavam sapatos brancos, vermelhos, verdes ou amarelos. Na Idade Média, a maioria dos sapatos tinha a forma das atuais sapatilhas e eram feitas de couro. Nobres e cavaleiros usavam botas de melhor qualidade.
O rei Eduardo (1272-1307), da Inglaterra, padronizou a numeração dos sapatos, o registro da primeira produção "em massa" de sapatos em todo o mundo é de Thomas Pendleton que fez quatro mil pares de sapato e 600 pares de botas para o Exército. Durante a Revolução Industrial, no início no século XVIII, na Inglaterra, as máquinas passaram a produzir calçados em larga escala.
Os sapatos sempre refletiram os status social e a situação econômica de quem os calça. As mulheres da aristocracia do princípio do século XIX usavam chinelos de brocado tão finos como papel e com as solas tão frágeis que não conseguiam resistir a dois ou três passos fora de casa, enquanto seus criadores trabalhavam com robustas botas de cabedal negro.
Os sapatos sempre refletiram os status social e a situação econômica de quem os calça. As mulheres da aristocracia do princípio do século XIX usavam chinelos de brocado tão finos como papel e com as solas tão frágeis que não conseguiam resistir a dois ou três passos fora de casa, enquanto seus criadores trabalhavam com robustas botas de cabedal negro.
As sandálias de sola de ouro das imperatrizes romanas, os sapatos de salto vermelho da corte de Luís XIV e o contemporâneo mocassin Gucci, todos eles funcionaram como cartões de visita e sinais de riqueza. Os sapatos não refletem só a história social, são também um registro pessoal de nossas vidas. (O’KEEFFE, 1996, p. 14).
No século XX, novos materiais, técnicas e tecidos entram na produção, que passa a ser setorizada entre design, modelagem, confecção, distribuição, entre outros setores. A necessidade dos atletas obterem um melhor desempenho em competições originou um novo segmento na indústria, voltado aos esportes, o que possibilitou a criação de tênis tecnológicos, que invadiram o vestuário de todos grupos sociais.
No século XX, novos materiais, técnicas e tecidos entram na produção, que passa a ser setorizada entre design, modelagem, confecção, distribuição, entre outros setores. A necessidade dos atletas obterem um melhor desempenho em competições originou um novo segmento na indústria, voltado aos esportes, o que possibilitou a criação de tênis tecnológicos, que invadiram o vestuário de todos grupos sociais.
A explosão da moda nos anos 80, também possibilitou o aumento do número de pessoas que passaram a consumir calçados de grife, desde os mais simples quanto aqueles assinados por grandes estilistas. Assim como na roupa existem as blusas, camisetas, calças, os vestidos, a moda em sapatos também se divide em diversos modelos.[1]
Escarpim: Sapato feminino fechado, também chamado decotado, geralmente de salto alto ou médio.
Luís XV: Sapato feminino similar ao escarpin, mas geralmente de bico fino e salto bem alto.
Chanel: Sapato feminino aberto atrás (no calcanhar), onde uma tira circunda o pé, de salto alto ou médio.
Sandália: Sapato aberto, fixado ao pé geralmente por tiras.
Sapatilha: Sapato geralmente feminino, decotado, de salto baixo ou sem salto, com solado flexível e cabedal em material macio.
Tamanco: Sapato constituído de um solado (cepa) de madeira ou plástico, inteiriço, com um cabedal também inteiriço que cobre o peito do pé.
Chinelo: Sapato aberto, macio, fabricado nos mais variados modelos, com salto baixo ou sem salto.
Mocassim: Sapato em que o cabedal envolve todo o pé, apresentando uma peça característica na gáspea, espelho ou pala costurada à mão.
Tênis: Sapato destinado originalmente à prática de esportes, mas hoje de uso geral. Fabricado com diferentes alturas de cano tipos de solado e materiais de cabedal.
Bota: Sapato dotado de um cano, ou seja, de uma parte traseira que cobre pelo menos o tornozelo, subindo pela perna até abaixo, além ou na altura do joelho. Dependendo da altura do cano e das suas características de modelagem, pode chamar-se bota, botina ou botinha.
[1] Fonte : http://www.s-shop.com.br/dicas_gerais.asp Acesso em 20 abr. de 2008.
Referências:
CALLAN, Georgina O’Hara. Enciclopédia da Moda. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
JACOBBI, Paula. Eu quero aquele sapato. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.
LURIE, Alison. A linguagem das roupas. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
STEELE, Valerie. Fetiche. Moda, Sexo e Poder. Rio de Janeiro: Rocco,1997.
O’KEEFFE, Linda. Sapatos. Bonner, Colônia: Konemann, 1996.JONES, Terry ; MAIR, Avril Mair. Fashion Now: i-D Selects the World's 150 Most Important Designers. 25a. Ed. Hohenzollerning: Taschen, 2005
CALLAN, Georgina O’Hara. Enciclopédia da Moda. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
JACOBBI, Paula. Eu quero aquele sapato. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.
LURIE, Alison. A linguagem das roupas. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
STEELE, Valerie. Fetiche. Moda, Sexo e Poder. Rio de Janeiro: Rocco,1997.
O’KEEFFE, Linda. Sapatos. Bonner, Colônia: Konemann, 1996.JONES, Terry ; MAIR, Avril Mair. Fashion Now: i-D Selects the World's 150 Most Important Designers. 25a. Ed. Hohenzollerning: Taschen, 2005
Bjks Ale
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