"Cacetinho", "Negrinho", "Merece", "Térmica", mas bahhhhhhh...

Essas são algumas das "expressões" que aprendi aqui na terra dos pampas...
Estou morando na cidade de Pelotas, que fica a 250km de Porto Alegre, no final do mapa do Brasil...
Andando pela city na minha fase "amélia" escutei algumas coisas que chamaram atenção, coisas tipicamente locais...
Eu estava na fila do "super" aqui não falam supermercado, é mais econômico rs.
Estava na fila do pão no super Nacional = Mercadorama em Cwb e um grandalhão pede 8 "cacetinhos" comecei a dar risada sozinha... estava acostumada com o pão francês, pão de sal e quando era criança... era o pão "bundinha", lembram?

E o "negrinho" essa aprendi com a minha amiga gaúcha de Caxias, Ana Rita nos nossos almoços no shopping e de sobremesa um "negrinho" é gente... é o nosso "brigadeiro".

E o "merece" a primeira vez que ouvi não entendi nada, quando agradecemos, "Muito obrigada" a resposta vem "merece" isso mesmo, o nosso de nada... aqui é "merece".

O R$ 1, 99 aqui é 1 com 99, os centavos recebem o com... 1 com 35... rss

A "térmica", é a garrafa térmica, cortaram a palavra garrafa... muito usada pelos gaúchos para manter a água quente para o chimarrão, aqui o "bobodromo" fica na Av. Dom Joaquim (toda cidade tem seu point) rss mas aqui a moda são as bolsas de couro para carregar a térmica e as cuias... que passam de mão em mão para os que caminham na avenida, isso mesmo eles caminham tomando chimarrão no calor de mais de 30 graus, tem os que levam suas cadeiras de praia sentam e ficam vendo o movimento ou aqueles que enconstam o carro ligam o som (dá de tudo de funk a música gauchesca) e ficam tomando chimarrão e conversando com os amigos.

Nos prédios, parece praia rsss as pessoas ficam com as cadeirinhas "de praia" na calçada tomando chimarrão e vendo as pessoas e os carros passarem...

O Bahhh e o Tu... são famosos... dos gaúchos!

Cada um com sua tribo! Como diz o filósofo Maffesoli, "[...]organizam-se tribos mais ou menos efêmeras que comungam valores minúsculos, e que, em um balé sem fim, entrechocam-se, atraem-se, repelem-se numa constelação de contornos difusos e perfeitamente fluídos. É essa a característica das sociedades pós-modernas". ( p.33).

Livro: No fundo das Aparências, RJ: Vozes, 2005.

Bjocas e até mais, Ale.

Comentários

Ana disse…
Bahhh! Adorei teu blog!

Boa sorte em Pelotas!
Adriana Amaral disse…
de todos, só nao conhecia o merece q deve ser coisa local em poa ninguém fala isso... bjos e sds
Josiany disse…
hahaha muito bom esse post.

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