Têxteis Técnicos

Têxteis técnicos investem US$ 100 milhões por ano
Produtos são utilizados em aplicações industriais e domésticas.

Mais de 100 pessoas acompanharam o Simpósio/Workshop – Máquinas Têxteis “Tecnologia Italiana para as Indústrias dos Tecidos Técnicos e Nãotecidos”, realizado no dia 4 de março, no Hotel Caesar, em São Paulo. O evento, organizado pelo Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE) e pela Associação dos Construtores Italianos de Máquinas Têxteis (Acimit), teve como principal objetivo apresentar ao mercado brasileiro novidades em máquinas e sistemas para indústrias de não tecidos e tecidos técnicos, fabricadas na Itália.
O evento contou com a participação de 12 empresas italianas e teve o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Nãotecidos e Tecidos Técnicos (Abint). Segundo o presidente da entidade, Laerte Guião Maroni, “todas as máquinas e equipamentos apresentados no workshop são adequados e/ou complementares à indústria brasileira, com aplicação em diversos segmentos, tanto na área de nãotecidos quanto de tecidos técnicos. A participação da associação em um evento como este reforça a importância do mercado brasileiro em estar atualizado com as novas tecnologias de produção”. Maroni disse ainda que “em média, o setor de nãotecidos e tecidos técnicos investe anualmente valor superior a US$ 100 milhões em modernização e ampliação do parque industrial”, acrescentando que a produção anual gira em torno de 492 mil toneladas, sendo responsável por 41 mil empregos diretos.
Tecnologia de ponta
Desde avançados sistemas de tratamento de ar para linhas de produção de nãotecidos, até máquinas de crochet, que produzem variados tipos de malhas para aplicação industrial – de redes de pesca a fitas de caborno – o leque de opções apresentado no evento foi amplo. Participaram 12 empresas: Canalair, Comez, Cormatex, Daroitex, Flainox, Hip-Mitsu, Isotex, MCS Group, Pafasystem, PLM, ROJ e A. Celli, algumas com representação já instalada no Brasil, outras em busca de parcerias e joint-venture.
Marco Marsilli, representante da Acimit, diz que o Brasil ocupa hoje o 4º lugar entre os principais destinos de máquinas têxteis italianas. Nos últimos anos, segundo ele, muitos fabricantes que atuam no mercado de nãotecidos, cuja tecnologia é bem específica, também já começam a voltar suas atenções para o Brasil. É o caso da Cormatex, que aproveitou o evento para divulgar o novo sistema Lap Formair, que se baseia no principio aerodinâmico de formação da manta nãotecida (airlay), utilizando qualquer tipo de fibra, incluindo as originárias de refugos. O nãotecido fabricado a partir desta tecnologia é aplicado em isolamento térmico, acústico, indústria automobilística, embalagem e construção civil.
O que é nãotecido?
Trata-se de uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos. Podem ser divididos em duráveis (como revestimento interno de automóveis, base de carpete, geotêxtil, coberturas agrícolas, entretelas para confecção, por exemplo), semiduráveis (panos de limpeza) e descartáveis (absorventes, fraldas, lenços umedecidos, roupas descartáveis para a área médico-hospitalar, como toucas, máscaras, aventais, jalecos, calças entre outros). Os nãotecidos são consolidados por processo mecânico (fricção), e/ou químico (adesão), e/ou térmico (coesão) e combinação destes processos. As fibras/filamentos podem ser artificiais (viscose, vidro, silicone), naturais (lã, algodão, coco, sisal) e sintético (poliéster, polipropileno, poliamida, polietileno). Atualmente, são 66 empresas do segmento no País, que proporciona 16 mil empregos diretos. Neste ano de 2010, a estimativa de crescimento é de 10% a 12%.
O que é tecido técnico?
Os tecidos técnicos são produtos com performance muito bem determinada, para fins técnicos específicos, visando praticidade, segurança, economia e durabilidade definida. São constituídos de fibras, fios ou filamentos sintéticos ou artificiais. Os tecidos técnicos têm como exemplos de aplicativos finais os big-bags, lonas arquitetônicas e de decoração, lonas de proteção para cargas, lonas para piscina infantil, aqüicultura, cintos de segurança, filtros, compósitos para coletes e blindagem de veículos, barreiras infláveis e contentores de poluição marítima, air bags, roupas de segurança, esteiras e cintas de amarração e de elevação, e outros mais. Assim, os tecidos técnicos têm esta denominação porque, necessariamente, possuem uma performance técnica definida e bem diferente da dos tecidos utilizados nos seguintes quatro segmentos: cama, mesa, banho e vestuário. Hoje, são mais de 157 empresas produtoras de tecidos técnicos que empregam diretamente mais de 25 mil trabalhadores. A produção deverá crescer em torno de 12% neste ano.

Texto: Marcia Mariano
Fotos: ABINT
Fonte: Redação e Yellow Comunicação

E viva a tecnologia!!!!

bjks Ale

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